Você já deve ter ouvido falar ou até mesmo lido aqui no LinkedIn, que a pessoa é ghost writer ou atua em ghostwriting.

Ghostwriting é o termo em inglês que designa “escrita fantasma” e quem faz isso é chamado “ghost writer” – escritor contratado por sua experiência em escrita para redigir desde livros, artigos, discursos etc. em nome de outra pessoa.

Isso significa que o ghost writer não assina o texto, nem recebe os créditos de autoria. Por isso mesmo é chamado de “escritor fantasma”. Ela trabalha nos bastidores e não pode e nem deve aparecer. 😦

Resumidamente, o ghost writer empresta sua “alma” e escrita para dar voz às ideias e histórias de outras pessoas. 

Eu já atuei nesse papel de ghost writer e posso dizer que é uma experiência ao mesmo tempo desafiadora e recompensadora, ainda mais quando você consegue ver a alegria estampada no rosto das pessoas dizendo: – Era exatamente isso o que eu queria dizer!

Por isso mesmo, trouxe a Fernanda Lage para esse último episódio do ano da série “Com a Palavra”. Ela abraçou essa profissão e vai dar dicas para quem quer se aventurar nesse caminho.

Mas as dicas não param por aí. Ela vai falar sobre produção de conteúdo com dicas imperdíveis para quem quer escrever aqui no LinkedIn e não sabe por onde começar.

Fernanda Lage.

A atleta que se tornou jornalista e empreendedora 

A Fernanda é uma mineirinha nascida em Belo Horizonte (Beozonte para os íntimos), de família grande com ascendência portuguesa e espanhola que sempre se reuniu em torno de mesas fartas não apenas de comida e bebida, mas de boa prosa.

Certamente, esse ambiente de integração, aprendizados e trocas de afeto com pessoas queridas deixou marcas que não foram ignoradas ao longo da sua vida:

“Sempre fui uma pessoa integradora, adoro apresentar pessoas e vê-las se tornando amigas e quero todas as pessoas que eu amo por perto. Amo bater papo descompromissadamente, rir muito, rir da sorte e do azar, ser feliz sempre em primeiro plano, amar os bichos, viver de forma desacelerada, praticar esportes na natureza, oferecer bons drinks e alimentar as pessoas. Como uma boa mineira, amo comer e ficar à mesa. Eu sempre acreditei que o melhor passatempo está ao redor da mesa: bons papos, boas risadas, bons drinks e comida boa e farta.” (Fernanda Lage).

Não por acaso se interessou por praticar esportes, que em geral têm essa pegada agregadora. Jogou por muitos anos vôlei em um grande e conhecido time em Minas – o Mackenzie Esporte Clube – e quando chegou a hora de fazer faculdade decidiu cursar jornalismo pensando em unir o melhor dos dois mundos – a boa prosa e o esporte – quem sabe fazendo carreira como jornalista esportiva.

Mas quis o destino que o universo das suas memórias afetivas com a culinária fosse ao encontro dela de um jeito que jamais havia pensado.

Na época da faculdade, para conciliar estudos e trabalho, fazia panfletagem, foi até recepcionista e promotora de eventos e também trabalhou em telemarketing. E eis que um belo dia, antes de se formar, começou a trabalhar em uma revista específica do mercado de alimentos e bebidas, a “Food Service News”.

Lá ficou por sete anos, inclusive chegou a ser editora-chefe da publicação. Nessa época, frequentou os melhores restaurantes e como ela mesma diz se sentia numa vida de Julia Robert no filme “Comer, amar e rezar”.

Além de aguçar seu paladar e sua paixão pela comida e bebida que já tinha sido plantada lá na infância em Minas Gerais, a produção de conteúdo digital e a intimidade com a escrita também começaram a ganhar maior destaque na sua história.

Logo depois que saiu dessa publicação e veio morar em terras paulistas, trabalhou em grandes assessorias de imprensa, até a veia empreendedora falar mais alto e ela virar a chave para outras atividades.

Uma delas foi montar seu próprio negócio de bebidas: de tanto visitar vinícolas brasileiras, montou, junto com seu sobrinho, Daniel Lage, um pequeno bar de vinhos brasileiros na Vila Madalena (bairro de São Paulo), com base no conceito de cash and carry – a pessoa escolhe o que quer na prateleira, paga, e pode consumir seu produto ali mesmo ou levar embora.

Infelizmente, o estabelecimento não existe mais, mas a agência Inbox Conteúdo que ela também criou para dar vazão à sua vontade de empreender existe até hoje e foi ganhando “corpo” desde 2015:

“Montei a Inbox Comunicação para atender exclusivamente o mercado de food.

Em seguida conheci o fascinante mundo do marketing de conteúdo e me apaixonei por ele, isso há uns 6 anos quando pouca gente ainda apostava nesse universo.

Virei ghost writer quando comecei a escrever para terceiros no LinkedIn, empresários, empreendedores e empresas com muito conteúdo, mas pouco tempo para se dedicar a isso”. (Fernanda Lage)

De lá pra cá engrenou ainda mais no universo da comunicação que não para de trazer novidades e aprendizados, sobretudo o estar atenta às tendências do mercado e às reais necessidades dos seus clientes.

“Aperfeiçoar [está] sempre na ordem do dia, se não a gente vai ficando muito para trás. Para captar o que as pessoas têm em mente e transmitir isso com qualidade e de forma fácil dos outros entenderem, foi preciso aprender a escutar mais as pessoas.” (Fernanda Lage)

Inbox Conteúdo é uma agência de conteúdo digital que nasceu da paixão da Fernanda pelo marketing de conteúdo.

Paixões que vieram para ficar

Arrisco a dizer que as paixões da Fê por universos variados como cinema, música, política, esportes, conteúdo, natureza, vinhos, gastronomia e jornalismo tem a ver com seu signo astrológico, gêmeos, representado por esse símbolo – ♊️

Segundo a astrologia, os geminianos são regidos pelo planeta mercúrio que representa movimento, troca e a capacidade de se adaptar.

Inclusive, na mitologia greco-romana o deus Mercúrio, Hermes para os gregos, é considerado o mensageiro dos deuses. É conhecido por sua rapidez, versatilidade e eloquência com as palavras e, portanto, facilidade de se comunicar.

Não é a “cara” da Fê, esse simbolismo todo? E olha, para todas essas paixões que ela tem ou áreas que atua ela tem referências muito diversas e ricas. Seguem algumas:

“Minhas referências são tão diversas quanto minhas ideias (rsrs) vou de Noam Chomsky a Duda Salabert.

Vou citar algumas delas: Pepe Mujica, Almodovar, Tarantino, Woody Allen, Luiza Trajano; de conteúdo tenho alguns conhecidos aqui do IN – Laíze Damasceno, Matheus de Souza, Lais Vargas, Cristiano Santos, nem precisamos ir muito longe.

Da nova cena política/jornalística: Gabriella Prioli, Marielle Franco, Talíria Petrone.

Na gastronomia: Paola Carossella, Janaina Rueda, Henrique Fogaça, Eudes Assis; no esporte: Bernardinho, Ítalo Ferreira, Airton Senna e Muhammad Ali-Haj.

Na música, Chico Buarque, Caetano Veloso, Zélia Duncan, Nina Simone, Amy Winehouse, Cazuza, Janis Joplin – sim, eu tenho um problema, ‘meus heróis morreram todos de overdose e meus inimigos estão no poder’.

 Aí vem, Wagner Moura, Fernanda Montenegro, Camila Pitanga, Fábio Porchat, Marcelo Adnet, Gregório Duvivier, Padre Julio Lancellotti, Papa Francisco, Mandela, Chico Mendes, Henfil, Laerte Genial …. Enfim, essa parte é muito complexa para mim (rsrs)” (Fernanda Lage).

 Mas a referência maior dela como ser humano é a sua mãe, “um ser humano sublime, amável, forte, do bem e com o coração do tamanho do mundo”, nas palavras dela. 

Crédito: foto retirada do Instagram da Fê e editada por mim no Canva.

E ao ler os textos da Fê, você pode observar que esse coração grande também está presente nela como herança. Suas palavras encantam.

Esse artigo dela me arrebatou – “Escreva como se estivesse protagonizando a cena mais marcante”. Leia e se deleite com a história de amor às palavras que ela contou nesse texto.

E todas essas paixões a levaram às suas realizações. Hoje a maior delas é poder morar na praia junto da sua companheira, Renilse, e a golden retriever Madona e criar conteúdo com toda a sua alma:

“O conteúdo está no topo das minhas aspirações profissionais, o grande motivo de eu acordar feliz, trabalhar feliz, realizar sonhos materiais e querer ir mais além”. (Fernanda Lage)

Está em seus planos futuros ter um negócio para dar oportunidade para pessoas que trabalham como ela, por exemplo, uma rede de profissionais que vivem de conteúdo. E o seu sonho é poder viver das suas histórias.

Nas fotos, ela e sua companheira, Renilse, e a Madona, golden retriever de estimação delas, no litoral Norte paulista, onde estão morando desde quando foi decretada a pandemia.

A maratona que nos uniu

Eu já tinha a Fê como conexão aqui no LinkedIn e já acompanhava os ricos conteúdos dela. Mas, foi na Maratona do Marketing de Gentileza, em novembro de 2020 que estreitamos nossos laços.

E aposto que você deve estar curioso pra saber mais sobre o que foi essa maratona, não é? Já te adianto que não foi de corrida não. Ainda não conheço a Fê pessoalmente.😄

Foi uma série de minipalestras, organizadas pela querida Laíze Damasceno, fundadora do Marketing de Gentileza e respectiva comunidade, em homenagem ao dia mundial da Gentileza, comemorado em 13 de novembro.

Claro que assistimos às palestras dos participantes, inclusive uma da outra. Eu falei sobre escrita descomplicada e a Fê sobre produção de conteúdo aqui no LinkedIn. E, ao final do dia, eu resolvi esticar o papo, puxando conversa ao que ela, mineirinha que só, foi super receptiva.

Foi ali que descobrimos que éramos duas apaixonadas por escrita, boa prosa e boa comida.

Isso rendeu a minha primeira entrevista aqui no LinkedIn e atuando nos dois papéis – de entrevistada e de entrevistadora. E eu aprendi o valor das conexões que a rede pode gerar.

Foto e ceviche especialmente preparados pela Fê, em sua casa na praia, para ilustrar nosso artigo-entrevista, escrito a quatro mãos – “Sobre prosa, escrita criativa e gastronomia com afeto”

Foi ali que a sementinha de fazer “Com a Palavra” ganhou ainda mais força. Nesse post eu conto de onde vieram minhas inspirações para escrever essa série de entrevistas aqui no LinkedIn e essa experiência com #GentiLover Fê foi uma delas. – https://bit.ly/3EMlLeK.

Agora é a vez de você ficar com a nossa convidada da vez. 😉

Com a palavra, Fernanda Lage

1. Pode explicar o que é o que faz um ghost writer? E os principais motivos pelos quais as pessoas procuram esse tipo de serviço?

Eu posso afirmar que ninguém escolhe ser ghost writer e comigo não foi diferente! A sua vaidade tem que ser zero, muitas vezes você estará viralizando conteúdo, fechando negócios, atraindo clientes, criando engajamentos e interações consistentes, duradouras e nada disso é seu”. (Fernanda Lage)

As pessoas procuram um ghost writer porque tem inúmeras ideias e muito conhecimento, mas não tem tempo de colocar em prática e na maioria das vezes, tem medo e/ou não sabem como escrever.

2. O que é fundamental para ser um bom ghost writer? Que características eu preciso ter ou desenvolver?

Fernanda: O grande e maior desafio do ghost writer – encontrar o tom de voz das pessoas, ouvir histórias e transformá-las em texto, não ter ego, o texto não é meu, a história não é minha, não é a minha ideologia e nem sempre em que eu acredito, mas me propus a contar essa história em nome de outra pessoa. Uma coisa muito importante: se você não acredita naquela pessoa ou história, ou fere seus princípios e ideologias, recuse a escrever pra ela.

3. Por onde começar? Existe algum curso, um melhor caminho para se tornar um ghost writer

Fernanda: Acredito que não, o caminho é sempre o da escrita e no meu caso o do conteúdo! Aprendi e dominei as técnicas de escrita e de conteúdo e em seguida resolvi que daria vida e voz as palavras e histórias de outras pessoas.

4. Você uma storyteller de mão-cheia, por que escolheu esse caminho de ghost writer para escrever as histórias das outras pessoas sem nunca receber os créditos? O que mais te encanta nessa área e o que é mais desafiador? 

Fernanda: Pois é, essa parte é tão complexa, eu circulo entre os dois mundos e às vezes fico frustrada em escrever mais para terceiros do que para mim. Mas me propus a fazer e gosto dessa entrega.

Tem uma satisfação enorme em ver publicações escritas por mim, mesmo que em nome de outros, estourando por aí. É uma troca de conhecimento absurdo, a inteiração com o cliente precisa ser muito grande. Não é muito diferente de assessoria de imprensa, os porta-vozes estão sempre em contato direto conosco.

Preciso abstrair as ideias e pensamentos de grandes executivos e executivas e para isso, precisamos estar muito próximos. No momento, estou finalizando o meu primeiro livro, que, na verdade não é meu, e de um grande empresário, um verdadeiro visionário e ele me remunerou bem pela obra.

Uma troca que me proporciona estar morando na praia, exercitando a escrita e pagando contas. Ainda quero chegar num ponto de escrever mais minhas histórias e viver delas, mas no momento estou feliz como estou.

Hoje, seu lar e escritório são a sua casa na praia, no litoral Norte paulista. 

5. Outro serviço que você oferece é a mentoria de produção de conteúdo no LinkedIn e fortalecimento da marca pessoal. Como e quando nasceu essa ideia? Por que escolheu focar no LinkedIn?

 Fernanda: No início da pandemia perdi 80% dos meus clientes fixos. Fiquei sem saber para que lado correr e como iria sobreviver a isso. Foi quando um grande amigo me deu a ideia de ensinar as pessoas o que eu sabia fazer, que era produzir conteúdo e fazer estratégias de conteúdo na rede mais profissional do planeta.

E a escolha do LinkedIn foi por motivos óbvios – era a rede que eu mais dominava, em comparação a outras em que eu me considerava apenas uma entusiasta. O LinkedIn eu já usava para fazer negócios, ganhar dinheiro e me relacionar com as pessoas.

Além disso, sempre acreditei no conteúdo orgânico e me especializei nisso. Tentei trabalhar com mídias pagas em outras plataformas, mas fui afunilando para o que eu fazia de melhor e com mais resultados. E o LinkedIn ainda é a rede que mais entrega conteúdo orgânico.

6. Pela sua experiência, quais os principais bloqueios que impedem as pessoas de publicarem conteúdos no LinkedIn? E quais suas principais dicas e benefícios para destravá-los?

“Os motivos são sempre os mesmos, falta de tempo e medo de escrever, de colocar as ideias no papel, de achar que ninguém vai ler ou gostar do seu conteúdo, que será ridicularizado, etc., mas, eu sempre digo – é preciso começar de alguma forma e a própria plataforma te prepara para isso.

Quantas vezes publicamos coisas que consideramos ótimas e não giram? Quantas vezes, no início, você teve zero curtidas e interações? Quantas pessoas não desistem depois disso?” (Fernanda Lage)  

Vou passar sete passos que considero fundamentais e infalíveis para publicar bons conteúdos e ter resultados com eles no LinkedIn:

  1. Saiba onde está e aonde quer chegar;
  2. Tenha um propósito na rede;
  3. Saiba quem é o seu público e com quem você quer se comunicar;
  4. Faça um planejamento de conteúdo;
  5. Crie uma rotina de pautas e um calendário de publicações;
  6. Diversifique as formas de entrega de conteúdo, use e abuse de tudo o que a plataforma oferece: artigos, enquetes, posts, stories, carrosséis, etc.
  7. Seja autêntico (a). 

No mais, pode publicar sem medo!

7. Como você define marca pessoal e qual a relação disso com produção de conteúdo?

Fernanda: Marca pessoal é o que ninguém tira de você. Amanhã você pode sair da empresa em que trabalha e/ou vender o seu próprio negócio, mas o que fica registrado na memória e percepção das pessoas sobre você é a sua marca, é o que você agregou de valor ao seu nome.

Não é o que você diz sobre você mesmo, mas o que os outros dizem ao seu respeito é que é a sua marca pessoal.

“E a relação da sua marca pessoal com o seu conteúdo é fundamental, um não pode viver sem o outro. Porque a forma mais eficaz de fortalecer a sua marca pessoal é por meio dos conteúdos que você cria e transmite”. (Fernanda Lage)

8. O que é conteúdo autêntico e o que eu preciso fazer para produzi-lo?

Fernanda: Você pode produzir conteúdo nas melhores regras e com uma experiência perfeita em SEO, mas se o seu conteúdo não for autêntico, se não conseguir passar profundidade, seja de vivência ou de sentidos, será muito mais difícil as pessoas se interagirem com ele.

E para conseguir transmitir sua essência e autenticidade você precisa de ter boas referências, conhecer e dominar os assuntos, estudar, pesquisar, ter bons curadores, sempre no caminho do que você acredita, sem fazer cópias, seguindo a sua linha de raciocínio e cada vez mais, tentar achar o seu tom de voz.

9. O que é escrita criativa para você? Onde ela pode ajudar nesse processo e como desenvolvê-la?

Fernanda: A escrita criativa é a forma mais gostosa e original de escrever, ela pode dar asas às ideias, pensamentos e divagações. Por meio dela podemos voar longe e alto! Mas não se pode achar que as palavras brotam sozinhas.

Para transformar a escrita em bons textos e de forma criativa é preciso muita técnica, com o intuito de gerar interesse e engajamento no leitor. Para desenvolvê-la é preciso primeiramente ler muito, se nutrir de bons curadores, sair da rotina e buscar referências”. (Fernanda Lage)

Se fizermos o mesmo trajeto todos os dias de casa para a padaria, entre outras ações que “viciam” o nosso cérebro, nunca iremos estimular a criatividade, por isso é preciso sempre fazer algo fora da rotina e diferente.

10.Qual sua relação com o mundo da escrita, “amor ou guerra”?

Fernanda: 100% amor! Vejo que muitos escritores só conseguem escrever com alma quando estão com raiva, não os critico. Acredito que cada um sabe o que funciona para si, mas no meu caso, se não houver amor, se eu não estiver feliz, com aquele frio na barriga e o olhinho brilhando não sai!

Como eu adoro trocadilhos, penso que são sempre divertidos e para se fazer entender um trocadilho, eles precisam ser inteligentes! E assim, vou finalizar com um do Luís Fernando Verissimo, que sabe usar, como ninguém, a escrita com humor e inteligência.

“A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo?”

11. Se você tivesse que conversar com um(a) escritor(a) qual seria, por qual razão e o que você gostaria de falar ou perguntar a ele(a)?

Fernanda: Uma pergunta bem difícil, mas eu conversaria com a Clarice Lispector. Aliás, tem um livro de correspondência dela com o Fernando Sabino, de quando ainda eram dois jovens escritores desconhecidos do público, que é uma obra-prima.

Se chama: “Cartas perto do coração” – Dois jovens escritores unidos pelo mistério da criação. O livro é um compilado de correspondências originais e verídicas de quando a Clarice morava fora do Brasil e o Fernando em Belo Horizonte. Um verdadeiro deleite sobre as obras de ambos, criadas naquele período. A troca entre eles foi fundamental para a construção e lapidação do que escreveram naquela época.

O livro é também marca o início de amizade e troca entre Rubem Braga, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino, com a Clarice e o Sabino (dá para imaginar essas correspondências?).

Dicas da Fernanda 

Fernanda: Vamos lá! Vou de filmes sobre escritores, que pra mim são imperdíveis, – em ordem alfabética*:

  1. Adoráveis mulheres
  2. A música da minha vida
  3. As horas – Virgínia Wolf
  4. Em busca da terra do nunca
  5. O mestre dos gênios
  6. Meia Noite em Paris
  7. Mary Shelley
  8. Sociedade de Poetas Mortos
  9. Capote
  10. O carteiro e o poeta
  11. O nome da rosa
  12. O Escritor fantasma – Roman Polanski

* [O link direciona para o trailer dos filmes]

Frase ou palavra que a inspira

Fernanda: Tenho essa frase no meu lavabo e foi uma sobrinha que me deu, ela sabe que eu amo 😀 e tem muito de mim nessa frase!

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Espero que você tenha curtido conhecer um pouco da história da Fernanda Lage e aproveite todas as dicas que ela trouxe, seja na área de ghostwriting ou pra começar a produzir seus conteúdos aqui no LinkedIn.

Pra não perder os seus ricos conteúdos, se conecte com ela aqui no LinkedIn e assine a seu newsletter – ”Conteúdo na veia” para ficar por dentro das lindas histórias que ela produz e sempre com muitas dicas boas.

Você também pode acompanhar o Instagram da Fernanda ou acessar o site da sua agência, a Inbox Conteúdo, para ver todos os serviços que ela pode oferecer.

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Esse foi 9º episódio da minha série de entrevistas “Com a Palavra”, originalmente publicada no LinkedIn.

Crédito das fotos: retiradas do Instagram de Fernanda Lage ou do arquivo pessoal dela.

Imagem de capa: imagem do arquivo pessoal de Fernanda Lage, editada por mim no Canva.

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Confira as entrevistas anteriores da série “Com a palavra”

#1 Vanessa Cioffi – “Saiba como o autoconhecimento pode te ajudar a se comunicar melhor”

#2 Maria Vitória – “Conheça o poder transformador da escrita”

#3 Esdras Pereira – “Quando as palavras tocam o leitor e “não voltam vazias”

#4 Patrícia Capeluto “Quer fazer a diferença na sua comunicação? Esqueça suas certezas, seja curioso”

#5 Laíze Barros – “Entenda por que vale a pena embarcar na jornada do autoconhecimento”

#6 Priscilla Couto – “Evoluir na carreira pode ser mais fácil do que você imagina”

#7 Marinella de Souza – “A hora e a vez da educação midiática – a comunicação a serviço da transformação social e pessoal”

#8 Eduardo Lopes – “Uma poderosa pergunta para você estimular a sua criatividade e fazer a diferença”

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Vera Natale

Author Vera Natale

Sou consultora e especialista em Escrita e Comunicação Descomplicada. Ajudo empresas e pessoas a traduzir ideias e projetos em palavras fáceis de entender e comunicar no seu dia a dia, por meio de técnicas criativas.

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