Por Vera Natale

A habilidade de escrever bem é cada vez mais valorizada no mercado de trabalho. E há várias maneiras de se desenvolver nessa área, a começar por seguir dicas preciosas como as do livro “Como escrever Bem: o clássico manual americano de escrita jornalística e de não ficção”, lançado em 1976. Um livro atemporal do renomado escritor e professor universitário, William Zinsser.

Embora a obra se refira à escrita jornalística, as orientações e conselhos ali contidos são úteis para qualquer profissional que deseje aprimorar sua expressão escrita, seja para redigir um artigo, criar uma apresentação ou elaborar um simples e-mail.

Mergulhei na edição comemorativa de trinta anos da editora Fósforo (2021), muito bem traduzida por Bernardo Ajzenberg. Essa edição abrange não apenas as técnicas clássicas de escrita com base na bagagem e experiência do escritor, mas também incorpora a influência do meio digital na escrita, além de trazer um capítulo dedicado à redação de memórias e histórias de família.

O livro fornece uma abordagem abrangente para aprimorar a habilidade de escrita, dividida em quatro partes — princípios, métodos, gêneros e atitudes. Foi difícil escolher, mas neste artigo compartilharei alguns pontos que mais me tocaram nas seções “princípios” e “atitudes” e que reforçam minhas convicções do que pode ser útil para melhorar a sua comunicação escrita.

Escritor Willian Zinsser, um senhor de cabelos brancos usando óculos de armação preta e camisa branca de manga longa. Ele está sentado com a mão direita apoiada em uma mesa e olhando para alguém que está à sua frente, cujas mãos aparecem digitando em um laptop ao lado de um copo. Ao fundo há várias estantes de livros, um sofá roxo e uma poltrona de estampa clara.

Foto de 2013 com Willian Zinsser, na época com 90 anos, em sua casa, divulgada na matéria da “Folha de São Paulo” (jan. 2022).

Comece pelo arroz e feijão bem-feitos

Que ninguém se engane, mas os princípios básicos para construção de um bom texto continuam firmes e fortes. Conforme o autor, isso significa que por mais que venham novidades para facilitar a vida de quem escreve, o fundamental que muitas vezes é o famoso arroz com feijão bem-feito, como gosto de dizer, ainda surte efeito e continua muito válido.

Seguem alguns tópicos da parte I do livro, “Princípios”, que compensam o seu esforço e atenção na hora de escrever e se inter-relacionam.

1. Simplicidade e clareza

Sempre fui fã de produzir textos simples que passam longe de elaborar um texto superficial, muito menos sem qualidade. Muito pelo contrário, textos que consideram a simplicidade em sua construção e priorizam a clareza, acabam se conectando com a audiência, acolhendo-a mais facilmente para dentro da sua narrativa.

Então, aproxime-se do seu leitor ou leitora usando a simplicidade e a clareza de pensamento como guia. Fiquei bem contente ao ler as palavras do autor a respeito:

  • “Nossa tendência é inflar tudo e, assim, tentar parecer importante. (…) Porém, o segredo da boa escrita é despir cada frase até deixá-la apenas com seus componentes essenciais. Toda palavra que não tenha uma função, toda palavra longa que poderia ser substituída por uma palavra curta, todo advérbio que contenha o mesmo significa que já contido está no verbo, toda construção na voz passiva que deixe o leitor inseguro a respeito de quem está fazendo o quê – todos esses elementos adulterantes que enfraquecem uma frase”. (pp.  19-20)
  • “Os escritores, assim, devem sempre perguntar: o que eu estou tentando dizer? (…) Isso está claro para quem depara com esse tema pela primeira vez?”. (p. 22)

Dá trabalho? Sim, não vou negar e nem o Zinsser — “Escrever é um trabalho árduo. Uma frase clara não é acidental. (…) Se você acha difícil escrever, é porque é mesmo difícil”. (p. 23)

Talvez por isso mesmo, inteligências artificiais generativas como o ChatGPT tenham feito tanto sucesso?! Basta dar um comando e um artigo inteiro pode ser escrito em segundos.

Independentemente disso, penso que valerá sempre a pena estimular nossa autonomia e capacidade de expressão via escrita e quanto mais se treina, melhor serão os resultados. Então, não desanime! 😉

2. Excessos

O poder da concisão para tornar sua mensagem mais potente é inegável e vivo falando disso em minhas publicações. Aliás, ainda não encontrei ninguém que duvidasse disso, incluindo Zinsser.

“Escrever é algo diretamente proporcional ao número de coisas que não deveriam estar presentes e poderiam ser retiradas do texto. O ‘algum’ antes de ‘tempo livre” não deveria estar ali. Observe cada palavra que coloca no papel. Você encontrará uma quantidade surpreendente delas que não serve para nada”. (p. 24)

A dica para perceber de imediato quando houver excessos requer colocar nosso pensamento crítico para jogo, além, é claro, da simplicidade que volta à nossa atenção.

“Procure detectar todos os excessos no seu texto e corte-os sem dó. (…) Releia cada frase que colocou no papel. Todas as palavras cumprem alguma função? Este ou aquele pensamento não poderia ser expresso com menos palavras? Há alguma coisa pomposa, pretensiosa ou ‘da moda’? Está mantendo algum elemento inútil só porque o acha bonito? / Simplifique, simplifique”. (p. 29)

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3. Público

Quem nunca ouviu falar que é essencial considerar o público-alvo ao se comunicar? No caso da comunicação escrita, a menos que você esteja escrevendo um diário, sem intenção de publicar, escrever, implica se relacionar com outras pessoas. Nesse sentido, é natural pensar sobre quem irá ler o texto e reconhecer a necessidade de conquistar, cada vez mais, a escassa atenção de cerca de 10 segundos atualmente (na época da edição comemorativa de 30 anos do livro, em 2006, essa atenção girava em torno de 30 seg. conforme o autor).

Zinsser, nos surpreende, porém,  ao responder à questão com uma noção comum — “Para quem escrevo? Você escreve para si mesmo”. (p.38) E continua:

“Não tente adivinhar que tipo de coisa os editores querem publicar nem se paute pelo que você acredita que o país esteja a fim de ler (…) Não fique preocupado em saber se o leitor vai ‘entender’ caso sinta necessidade de satisfazer um impulso súbito de humor. Se isso o diverte no ato da escrita, vá em frente. (…) Você escreve, primeiramente, para agradar a si mesmo e, se consegue seguir adiante com satisfação, também agradará aos leitores que forem dignos daquilo que você faz. ”. (p. 38)

Ele explica na sequência que, à primeira vista, essa afirmação pode até parecer um paradoxo, ou seja, isso de deixar o público leitor para trás, esse que queremos tanto captar a atenção, para priorizar a si próprio.

Ao acompanhar o raciocínio dele ao longo do capítulo, percebi que sua resposta, na verdade, apoia sua ideia de que “escrever é uma atividade do ego” ou “escrever é algo que possui profundas raízes psicológicas”. Ora, o ego faz parte da nossa natureza humana e, muito resumidamente, é responsável por harmonizar nossos desejos com os do meio em que vivemos. Então, as afirmações do autor nos levam a perceber que por trás da preocupação com o público leitor pode estar a questão de querer agradar a todas as pessoas que irão nos ler o que é impossível, já que cada leitor é uma pessoa única e diferente da outra.

Outro aspecto interessante que também interpreto a partir desses trechos é que para além de satisfazer o ego em relação ao outro, é igualmente importante encontrar um equilíbrio, satisfazendo às suas próprias necessidades. Não se trata de apenas comunicar sua mensagem com clareza aos eventuais leitores, bem como usufruir do processo em si, que é poder se expressar pela palavra escrita e dizer o que deseja ou precisa ser dito.

Nesse ponto me lembrei  do quanto acredito que se comunicar, por escrito ou não, é um caminho de mão dupla onde o ideal é os envolvidos estarem em uma relação de troca “ganha-ganha”.

Zinsser argumenta ainda que nesse processo de expressão escrita a autenticidade é essencial e destaca dois processos-chave diferentes e independentes, que se bem “engrenados” facilitam a conquista da atenção e o almejado diálogo/conexão com os leitores.

Um deles é dominar o ofício, ou as técnicas e ferramentas disponíveis para produzir um texto claro e de fácil leitura. Segundo Zinsser, isso demonstra respeito pela pessoa que irá ler e já reduz o risco de perdê-la. Um bom exemplo disso é escrever um texto gramaticalmente correto, sem frases redundantes, em linguagem acessível, entre outros.

O outro ponto é cuidar da atitude com que se usa essas técnicas para expressar a si próprio, sua visão de mundo, sendo fiel à sua verdade. Ele enfatiza a importância dessa autenticidade, destacando que isso vai exatamente ao encontro do que os leitores desejam — que você seja genuíno.

“Os leitores querem que a pessoa que está se dirigindo a eles seja autêntica. Assim, uma regra fundamental é a seguinte: seja você mesmo”. (p.32)

Achei bem intrigante a abordagem inusitada do autor e merece consideração, não acha? 🤔

4. Palavras

Zinsser diz claramente a importância de cuidar bem das palavras que são a matéria-prima da escrita e que podem tornar seus textos únicos, além de causar um impacto positivo nos leitores e leitoras.

“Você nunca deixará a sua marca como escritor se não desenvolver o respeito pelas palavras e uma curiosidade quase obsessiva em relação aos vários matizes de seus significados. Toda língua é rica em palavras fortes e flexíveis. Invista tempo em resolver bastante o terreno e encontrar aquelas que você quer”. (P. 47)

O autor também recomenda cultivar o hábito da leitura, sobretudo de antigos mestres e de consultar dicionários, dizendo que “escrever é algo que se aprende por imitação”.

Arremata os conselhos sobre o quanto compensa investir tempo na escolha e entendimento das palavras que você utiliza:

“Lembre-se de que as palavras são a sua única ferramenta. Aprenda a usá-las com originalidade e carinho. E lembre-se também: alguém do outro lado está ouvindo”. (p. 52)

Fazendo um trocadilho, não teria melhores palavras para dizer o quanto acredito nisso!😄

Minha mão esquerda segurando o livro “Como escrever bem: o clássico manual americano de escrita jornalística e de não ficção” de William Zinsser. A capa é vermelha e dividida em vários quadrados pontilhados em que estão escritos o título e autora do livro

Edição comemorativa de 30 anos do livro de Zinsser, best-seller considerado “a bíblia de uma geração de escritores à procura de dicas para uma prosa límpida e atrativa”,  segundo o “The New York Times”. 

Os aspectos intangíveis da escrita

Logo no início do livro, o jornalista explica que sempre aborda sobre a simplicidade, excessos, público, entre outros, mas, também destaca que irá se deter sobre o que ele chama “as atitudes implícitas ao ato de escrever bons textos”. Que para ele, são tão ou mais importantes do que os fundamentos da boa escrita.

1. O som da sua voz

Nesse tópico, o escritor reforça uma vez mais o valor de se manter uma voz autêntica, que seja verdadeira para quem escreve e ao mesmo tempo capaz de inspirar confiança nos leitores.

“O produto que vendo como escritor, seja qual for o tema sobre o qual escrevo, sou eu. E o seu produto é você”. (p. 185)

Inclusive, já no início do livro ele falava que “os bons escritores são visíveis por trás de suas palavras”. (p. 35)

Além disso, também reitera a importância de “respeitar o idioma”, com o intuito de saber  dominar as ferramentas e recursos linguísticos, o que, por sua vez, garante o respeito aos leitores (tópico abordado no capítulo “Público” e que comentei anteriormente).

E tais recursos vão muito além de seguir as regras gramaticais. Têm a ver com muitos outros elementos que se relacionam e se complementam entre si como os princípios que ele menciona na parte I do livro como simplicidade, clareza, cuidado com as palavras e a construção ordenada do texto, para citar alguns.

Zinsser finaliza esse capítulo sugerindo que os escritores também leiam em voz alta o que escreveram para avaliar o som de sua própria voz e perceber se o texto está agradável de se ouvir e compreender, como se você estivessem falando com os leitores.

“Escreva respeitando o idioma ao máximo — e os leitores também. Se for tomado por um impulso de escrever em estilo fácil, leia depois em voz alta o que escreveu e veja se gosta do som da sua voz” (P. 187)

Embora tais ideias não sejam novidade, são apresentadas de forma coerente ao longo do livro, o que as torna ainda mais significativas. 😊

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2. Prazer, medo e confiança

Esse é um daqueles capítulos para ser relido muitas vezes. Afinal, quem nunca sentiu medo ou insegurança por não saber o que dizer em frente à tela vazia do computador ou ao papel em branco que levante a mão?! É uma barreira bem frequente.

Zinsser não apenas discute sobre esse medo, mas explora suas raízes. Inclui-se como exemplo nesse cenário bem comum até mesmo para os mais experientes como ele que tem por ofício a escrita, acolhendo esses temores com conselhos preciosos:

  • “O medo de escrever se enraíza em muitos americanos em tenra idade, em geral na escola e nunca vai embora totalmente”. (p. 199)
  • “A folha de papel em branco, ou a tela do computador em branco, à espera de ser preenchida nossas maravilhosas palavras, pode nos deixar paralisados, de modo que não escrevemos nada ou escrevemos palavras questão bem longe de ser maravilhosas.” (p.199)

O autor toca num dos principais motivos que impedem as pessoas de se expressarem pela escrita e que não acomete apenas americanos — aliás, independe de raça ou nacionalidade, acrescento eu — que é a escola.

Essa barreira que muitos enfrentam desde a infância até a vida adulta é, infelizmente, fruto de uma mentalidade bem sedimentada de que escrever um bom texto se resume, em grande parte, a seguir regras gramaticais.

As regras são importantes e Zinsser comenta muitas vezes ao longo do livro que é preciso dominar ferramentas e técnica. Mas não é só isso que vai garantir um bom texto. Para além de dominar as peculiaridades de cada idioma, suas regras e recursos próprios, outros requisitos entram no jogo para a construção de um bom texto.

O autor enfatiza a importância de quebrar essa mentalidade e recuperar o prazer de escrever, seja sobre territórios conhecidos ou não, através da confiança em si mesmo e na própria capacidade de expressão.

“A sua melhor credencial é você mesmo” (p. 201)

E acrescenta: “Se tiver o controle das suas ferramentas — os fundamentos da arte de entrevistar e da construção ordenada do texto — e empregar na execução de uma encomenda toda sua inteligência e sensibilidade, você poderá escrever sobre qualquer assunto”. (p. 204)

De novo, ser autêntico e se entregar com real entusiasmo ao ato de escrever pode fazer toda diferença para gerar um texto bem escrito. 🤗

Video gif. Vintage video of a woman sitting at a typewriter, holding her chin in her hand. The camera zooms in and she tosses her hands in the air before dropping her head into her hands in frustration.

3. Decisões de quem escreve

Esse capítulo em particular é genial! Os trechos a seguir destacam a complexidade e importância das decisões envolvidas na escrita. Cada palavra, cada frase, cada parágrafo molda a narrativa e influencia a experiência do leitor. Escrever não é apenas uma habilidade técnica, mas também um processo contínuo de raciocínio e criatividade.

Destaco algumas passagens mais marcantes (grifos meus):

  • “Este é um livro sobre decisões — as incontáveis e sucessivas decisões que fazem parte de todo ato de escrever. Algumas decisões são grandes (‘sobre o que eu devo escrever?’), outras são tão pequenas quanto a menor das palavras. Mas todas são importantes”. (p. 220)
  • “Aprender a organizar um texto longo é tão importante quanto aprender a escrever uma frase clara e simples. Todas suas frases claras e simples se desmancharão se você não tiver sempre em mente que a escrita é algo linear e sequencial, (…) — a boa e ‘velha’ contação de histórias — é o que arrasta os seus leitores sem que se deem conta do esforço realizado. (p. 220)
  • “Não se trata apenas de levar os leitores para uma viagem; você precisa levá-los para a sua viagem”. (p. 224)

Acredito muito que por meio dessas decisões também se desenvolve, implicitamente, outra habilidade fundamental em diversos aspectos da vida e cada vez mais valorizada no mercado profissional : o pensamento crítico, que, basicamente, é a capacidade de questionar, avaliar, discernir e analisar para tomar as melhores decisões.

Nessa parte, me lembrei do que o autor ressalta logo na introdução do livro:

“Não sei quais novas maravilhas virão nos próximos trinta anos para tornar duas vezes mais fácil o ato de escrever, mas sei que elas não tornarão a escrita duas vezes melhor. Isso ainda exigirá o velho e duro hábito de pensar (…) e o manejo das velhas ferramentas da língua”.

Escrever bem é um exercício que desafia nossa mente e aprimora nossa capacidade crítica. Ainda bem! 🙃

TV gif. Think about it guy, Kayode Ewumi points to his temple mischievously and looks into the camera. He's practically begging us to think about it.

Escreva tão bem quanto puder

O desfecho da obra é pura inspiração. Zinsser começa o capítulo final falando de suas influências, o que proporciona uma visão íntima de suas raízes e valores.

Ele herda sua paixão pelas palavras da mãe e o modo de trabalhar com as palavras do pai, que era dono de uma loja de verniz. Como um artesão, Zinsser está sempre rodeado de boas palavras, sua matéria-prima, e busca constante refinamento e aprimoramento de seus textos como o pai fazia ao preparar o verniz para venda.

  • “Por causa dela [da mãe], desde muito pequeno aprendi que um bom texto pode ser encontrado em qualquer lugar, mesmo no jornal mais modesto, e que o que conta é o texto em si, não o veículo em que foi publicado. (p 260)
  • “Somente mais tarde pude entender que eu carreguei em minha jornada outro presente de meu pai: (…) foi no mundo dos negócios que eu absorvi a minha ética como artesão e, ao longo dos anos, sempre que me vi reescrevendo interminavelmente o que já havia reescrito interminavelmente antes, (…)a voz interior que eu ouvia era a do meu pai falando sobre verniz”. (p. 261)

Achei muito linda essa homenagem que fez às suas raízes e é sempre bom cultivar esse olhar para se entender e entender como nossa ancestralidade afeta nosso modo de ser e fazer. Eu mesma já percorri esse caminho refletindo como minha herança materna influenciou minha escrita. Recomendo vivamente que você também experimente fazer o mesmo.

Outra ideia recorrente no livro que ressurge nesse capítulo, é a importância de aplicar os fundamentos da escrita, especialmente a simplicidade e clareza, pilares essenciais para criação de textos de qualidade, não importa o quanto novas tecnologias possam surgir:

“(…) a maioria dos escritores de não ficção faria bem melhor se se mantivesse agarrada às cordas da simplicidade e da clareza. Podemos dispor de novas tecnologias, como o computador, para nos livrar de certos fardos na elaboração do texto, mas, no conjunto, nós sabemos o que precisamos saber. Trabalhamos, todos, com as mesmas palavras e os mesmos princípios”. (p. 263)

Zinsser também enfatiza que escrever bem não é dom como muitos pensam. Mas sim o resultado da autoconfiança, ousadia e dedicação incansável pela excelência o que reverbera no impacto que seu texto irá causar.

“Escrever bem significa acreditar em você mesmo, assumindo riscos, ousando ser diferente, empurrando você mesmo em direção à excelência. Você escreverá bem à medida que se lançar a escrever”. (p. 269)

E aqui me lembro novamente da frase lá no comecinho do livro quando ele fala que “escrever só aprende escrevendo”. 😍

Conclusão

Ao chegar à última palavra do livro confesso que me senti triste. Queria mais! O bom da história é que, na maior parte do tempo, senti como se estivesse frente a frente, batendo um papo com o autor, dada a fluidez do texto, que transita entre  boas histórias, dicas, mescladas de exemplos próprios e alheios e conselhos de um apaixonado pelo que faz.

Zinsser faleceu em 2015 e nos deixa um belo legado em forma de palavras que ele tanto amava. Para mim, essa obra é um curso completo de escrita em forma de livro! Tornou-se meu queridinho e já tem um lugar especial na minha estante e no meu coração.

Em resumo, escrever bem não é uma dávida e requer muito treino, dedicação e paixão como demonstrado brilhantemente a cada página desse livro. Super recomendo de olhos fechados a leitura! Tem muitas outras ideias dele que me marcaram. Por enquanto fico por aqui.

Espero que aproveite todas as dicas! Mas antes, compartilhe nos comentários a dica que você mais curtiu? Vou adorar conversar contigo a respeito.🤩

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Os gifs usados neste artigo são do Giphy e Tenor.

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Crédito da imagem de capa: arquivo pessoal

Descrição da imagem de capa: foto em preto e branco, editada no Canva,  do livro “Como escrever bem”

de William Zinsser sobre uma mesa de madeira.

Vera Natale

Author Vera Natale

Sou consultora e especialista em Escrita e Comunicação Descomplicada. Ajudo empresas e pessoas a traduzir ideias e projetos em palavras fáceis de entender e comunicar no seu dia a dia, por meio de técnicas criativas.

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